Comunicação Política, inteligência artificial e ciberesfera
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Keywords
inteligência artificial; algoritmo; ciberespaço; comunicação política
Resumo
Nos últimos tempos, a Comunicação Política conheceu avanços significativos, consubstanciando-se em processos de mediação social mais intensos, com o amparo no desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação. Muito além dos tradicionais instrumentos de comunicação, como as campanhas porta a porta, os grandes comícios, a distribuição de panfletos e a disponibilização de autocolantes, cartazes e outdoors nas principais artérias dos centros urbanos e rurais, a comunicação política beneficiou do alargamento do espaço público, com a criação da ciberesfera, enquanto prolongamento do campo das interações humanas. É a partir da realidade virtual que emergem os robots digitais, com uma maleabilidade que lhes permitem construir respostas perante os desafios de cada momento. Os algoritmos tornaram-se em novos spin doctors que, a partir dos esconderijos ciberespaciais, procuram orientar a vontade pública na direção de um sentido predeterminado.
Referências
Adorno, T. e Horkheimer, M. (1991). Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Agamben, G. (1978/2000). Enfance et histoire. Paris: Payot & Rivages.
Amaral, I.; Évora, S. L. (2016). Interfaces da Lusofonia: Lusófonos em Rede no Facebook. JANUS.NET e-Journal of International Relations, Vol. 7, N.º 2, Novembro 2016- Abril 2017.
Andrade, J. S. (1998). Introdução à economia. Coimbra: MinervaCoimbra.
Andrews, L. (2006). Spin: from tactic to tabloid. Journal of Public Affairs, 6(1), 31-45. doi: 10.1002/pa.37.
Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Benjamin, W. (1933/1992). Sobre a arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio d’Água.
Belochio, V.; Barichello, E. e Arruda, T. (2017). Aplicativos autóctones em franquias jornalísticas: a possível transformação de rotinas produtivas na convergência com meios digitais. In Canavilhas, J. e Rodrigues, C. (Org.). (2017). Jornalismo Móvel: Linguagem, Géneros e Modelos de Negócio. Covilhã: Labcom Books.
Bhagwati J. (1992). “Regionalism versus multilateralism”, The World Economy, Vol. 15, N°5, 1992, P. 535-556. DOI : 10.1111/j.1467-9701.1992.tb00536.x
Chomsky, N. (1978). Aspectos da teoria da sintaxe. Coimbra: Armênio Amado Edições.
Chomsky, N. (1994). O conhecimento da língua: sua natureza, origem e uso. Lisboa: Caminho.
Chomsky, N. (2005). Novos horizontes no estudo da linguagem e da mente. São Paulo: Editora UNESP.
Crato, N. (1992). Comunicação social: a imprensa. Lisboa: Editorial Presença.
Crawford, K. e Calo, R. (2016). There is a blind spot in AI research. Nature, 538(7625), 311–313.
Ericson, R., Beranek, P. e Chan, J. (1989). Negotiating control: a study of news sources. Toronto: University of Toronto Press.
Évora, S. L. (2010). Políticas da comunicação e liberdade de imprensa: análise da situação cabo-verdiana entre 1991 e 2009. Braga: Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho.
Évora, S. L. (2011). Concentração dos media e liberdade de imprensa. Coimbra: Minerva Coimbra.
Évora, S. L. (2012). Políticas da comunicação e liberdade de imprensa: para compreender o jornalismo e a democracia em Cabo Verde. Cidade da Praia: Editura/Ministério da Cultura.
Évora, S. L. (2022). Mudanças Tecnológicas e Negócios Jornalísticos: Estudo da Economia dos Media em Cabo Verde entre 2001 e 2021. Porto: Universidade Fernando Pessoa.
Foix, T. e Pérez, L. Repensando las relaciones Política-Media. Hacia una teoría no anglosajona de la figura del ‘spin’ en comunicación política. In: III Congrés Internacional de l’Associació Espanyola d’Investigació de la Comunicació. Tarragona: Comunicació y Riesgo, 2012, pp. 1-19.
Friedmann J. (1966). Regional development policy: a case study of Venezuela. Cambridge: MIT PRESS.
Gardner, H. (1995). A nova ciência da mente. São Paulo: EDUSP.
Giddens, A. (1998). As Consequências da modernidade. Oeiras: Celta.
Giddens, A. (2000). O mundo na era da globalização. Lisboa: Editorial Presença.
Goffman, E. (2010). Comportamento em lugares públicos: notas sobre a organização social dos ajuntamentos. Petrópolis: Vozes.
Habermas, J. (1980). Crise de legitimação no capitalismo tardio. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
Habermas, J. (1981a). Historia y critica de la opinión pública: la transformación estructural de la vida pública. Barcelona: Editorial Gustavo Gili.
Habermas, J. (1981b/1999). Modernity: An Unfinished Project. In Habermas and the Unfinished Project of Modernity (Eds). Maurizio Passerin D’Entrèves e Seyla Benhabib; Cambridge: Polity Press.
Habermas, J. (1985). O discurso filosófico da modernidade. São Paulo: Martins Fonte.
Habermas, J. (1962/1994). The structural transformation of the public sphere. Cambridge: Polity Press.
Habermas, J. (1968/1994). Técnica e ciência como ‘ideologia’. Lisboa: Edições 70.
Herman, E. e McCheesney, R. W. (1997). The global media: the new missionaries of corporate capitalism. Londres/Washington: Cassel.Hettne B. e Söderbaum F. (1998). “The new regionalism approach”. Politeia, Vol. 17, N°3, 1998, P. 6-22.
Hettne B. e Söderbaum F. (2000). “Theorizing the rize of regionness”. New Political Economy, Vol. 5, N° 3, 2000, P. 457-474.
Johnson, D. G. e Verdicchio, M. (2017). Reframing AI Discourse. Minds and Machines, 27(4), 575–590. https://doi.org/10.1007/s11023-017-9417-6
Koudawo, F. (2000). Cabo Verde e Guiné-Bissau: da democracia revolucionária à democracia liberal. Bissau: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa.
Kunsch, M. M. K. (1995). Planejamento das relações públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus.
Kunsch, M. M. K. (1997a). As organizações modernas necessitam de uma comunicação integrada. Mercado Global. São Paulo: Rede Globo, a. XXIV, n. 102, 2° sem.
Kunsch, M. M. K. (1997b). Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus.
Latour, B. (2012). Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador de Bahía: Edufba.
Lemos, A. (2011). Things (and People) are the tools of the revolution. Rio de Janeiro: Politics / Instituto NUPEF.
Mashayeki M. e Ito, T. (org.) (2005). Multilateralism and regionalism: the new interface. New York/Geneva: Unctad.
McLuhan, M. (1977). A galáxia de gutenberg: a génese do homem tipógrafo. S. L.: Gallimard.
McLuhan, M. (2006). Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix.
Neri, H. e Cozman, F. (2019). The role of experts in the public perception of risk of artificial intelligence. AI & SOCIETY. https://doi.org/10.1007/ s00146-019-00924-9.
Paterson, T. E. (2002).Os Media como Actores Políticos (Comunicação Apresentada ao Seminário Internacional). In S. A. (2002). Media, jornalismo e democracia. Lisboa: Livros Horizonte.
Ramos-Martín, J. e Barreneche, C. (2020). Artificial Intelligence. Em D. L. Merskin (Ed.), The SAGE International Encyclopedia of Mass Media and Society (pp. 88–89). SAGE Publications, Inc. https://doi. org/10.4135/9781483375519.n41
Rhee, J. (2018). The robotic imaginary: The human and the price of dehumanized labor. Minnesota: University of Minnesota Press.
Ribeiro, V. (2015). A matriz de comportamento do spin doctor no processo de comunicação política. Comunicação & Inovação, PPGCOM/USCS, v. 16, n. 32 (7-26) set-dez 2015.
Ribeiro, V. (2009). Fontes sofisticadas de informação: análise do produto jornalístico político da imprensa nacional diária de 1995 a 2005. Lisboa: Formal Press.
Ribeiro, V. (2013). O spin doctoring em Portugal: estudo sobre as fontes profissionais de informação que operam na Assembleia da República. 2013. 521 (PhD). Braga: Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho.
Richards, P. (2005). Be your own spin doctor: a practical guide to using the media. London: Politico’s.
Richardson, K. (2015). An anthropology of robots and AI: annihilation anxiety and machines. London and New York: Routledge.
Sánchez-Tabernero, A. (1993). Media concentration in Europe: commercial enterprise and the public interest. Dusseldorf: The European Institute for the Media.
Santos, J. R. (1992). O que é a comunicação? Lisboa: Instituto da Difusão Cultural.
Schmitz, A. Karam, F. (2013). Os spins doctors e as fontes das notícias. Brazilian Journalism Research, v. 9, n. 1, pp. 98-115, 2013.
Searle, John. (1998). O mistério da consciência. São Paulo: Editora Paz e Guerra.
Searle, John. (2002). Intencionalidade. São Paulo: Martins Fontes.
Searle, John. (2006). A redescoberta da mente. São Paulo: Martins Fontes.
Searle, John. (2010). Consciência e linguagem. São Paulo: WMF/Martins Fontes.
Searle, John. (2017). Mente, cérebro e ciência. Lisboa: Edições 70.
Serra, P. e Francisco, N. (2013). Televisão: do grande ecrã coletivo aos dispositivos móveis. In Fidalgo, F. e Canavilhas, J. (org.) (2013). Comunicação digital: 10 anos de investigação. Coimbra: Minerva Coimbra.
Silveira, S. C. D. (2017). Conteúdo jornalístico para smartphones: o formato da narrativa sistêmica no jornalismo ubíquo. São Paulo: Universidade de São Paulo.
Siroën J.-m. (2000). La régionalisation de l’économie mondiale. Paris: La Découverte.
Sousa, J. P. (2006). Elementos da teoria e pesquisa da comunicação e dos media. Porto: Editora da Universidade Fernando Pessoa.
Sousa, J. (2002). Olá Mariana: O Poder da Pergunta. Lisboa: Oficina do Livro.
Tétart F. (2010). Les nationalismes ‘régionaux’ en Europe: facteurs de fragmentation spatiale. Paris: L’Espace Politique.
Thompson, W. (1973). “The regional subsystem: a conceptual explication and propositional inventory”. International Studies Quarterly, Vol. 17, N°1, 1973, P. 89-117. DOI: 10.2307/3013464
Uvalic, M. (2002). “Regional cooperation and the enlargement of the European Union: lessons learned?”. International Political Science Review, Vol. 23, N°3, 2002, P. 319-333. DOI: 10.1177/0192512102023003006.
Veltz P. (1997). Une organisation géoéconomique à niveaux multiples. Politique é Trangère. Volume 62, N°2, 1997, P. 265- 276. DOI: 10.3406/polit.1997.4639.
Veltz, P. (2007). Mondialisation: villes et territoires. Paris: PUF.
Wolf, M. (1999). Teorias da comunicação. Lisboa: Editorial Presença.